Presença de ‘sargaço’ e lixo incomoda frequentadores da orla de Maceió

A presença de sargaços (espécie de alga marinha comum em regiões tropicais) na faixa de areia das praias de Maceió tem trazido preocupação e desagrado a moradores, comerciantes e turistas. Os órgãos de defesa ambiental, no entanto, esclarecem que a espécie é repleta de microorganismos e colabora para o equilíbrio ambiental, sendo fundamental a sua preservação.

Em contato com a reportagem do Alagoas24horas, o gerente de aquicultura do Instituto do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Godói, afirmou que as algas encontradas na faixa de areia são oriundas de recifes existentes no litoral alagoano e que devido à proximidade com a costa a espécie é trazida pela maré. O biólogo explicou, ainda, que o período de mudança de estação também colabora para o aumento na quantidade de algas na região.

Os comerciantes e moradores da orla de Pajuçara e Ponta Verde, no entanto, alegam que a espécie atrai moscas e produz mau cheiro, incomodando frequentadores e turistas.

Outra reclamação constante dos frenquentadores diz respeito à presença de lixo em toda faixa litorânea. O superintende de Limpeza Urbana de Maceió, Ernani Baracho, afirma que atualmente 40 garis trabalham diariamente na orla urbana da cidade e que o trabalho de limpeza é realizado diariamente à noite, mas dentro do que estabelece os órgãos defesa do meio ambiente. A limpeza é feita respeitando a preservação do limo sedimentar.

O superintendente destacou, ainda, que existem papeleiras (lixeiras fixadas em postes) a cada 50 metros em toda extensão da orla, além de contêineres para arrecadação de lixo, que visam garantir a limpeza da orla.

Baracho apontou, ainda, o trabalho desenvolvido em parceria com organizações não-governamentais, como o Projeto Praia Limpa, que realiza a limpeza das praias e campanhas educativas junto à população. A atividade visa orientar a população para não jogar lixo nas praias da cidade.

Para o superintende, os comerciantes da orla e os ambulantes são parceiros importantíssimos nesse projeto, uma vez que podem agir como agentes multiplicadores de educação e fiscalização.

Fonte: Alagoas 24 horas