Danielle Jordan / AmbienteBrasil Um estudo realizado pela pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, MPEG, Liza Maria Veiga, aponta que a região de Tucuruí, no sudeste do Pará, tem potencial para conservação de espécies vulneráveis.
Mas, segundo ela, ainda há necessidade de pesquisas levando em consideração dados demográficos e influências externas. Os levantamentos devem fazer projeções de tamanho e formas de reservas.
A pesquisadora estuda o comportamento de primatas da região amazônica há mais de dez anos. Por meio do projeto “Ecologia, Organização Social e Conservação do Cuxiú-preto (Chiropotes satanas)”, Veiga analisou a organização social da espécie na região. Foram testadas metodologias para a implementação de projetos de conservação e monitoramento da espécie.
O primata é considerado o mais ameaçado entre os exemplares da Amazônia brasileira. Ele se alimenta de folhas, frutas, flores e castanhas. Desde 1978 a espécie é considerada vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, IUCN.
Na atualidade o cuxiús-pretos ocupam áreas reduzidas, com cerca de 20 hectares. Um estudo anterior, realizado pelo pesquisador Marcio Ayres, esses animais precisavam de 200 a 500 hectares para sobreviver.
*Com informações do MPEG.